quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Janelas Abertas





Nos muros frágeis dos pomares
Entre manhãs moram auroras
Nas avenidas das procuras
A poesia canta ternuras.

Notas pequenas,claves
Num oratório de seda
O vento sopra ao acaso
As cores de tuas palavras.

Enquanto em tua alma ressoa
Acordes dum piano quieto
A música penetra,amorosa e bela
Pelas janelas abertas!

Vany Campos
16/02/2015

Cores que Dançam



Nunca assim,num dia assim
Me deixa sem mim
Oh,poderosa fonte,ou fase
Das fragrâncias em êxtase.

Nas horas fugidias tão tuas
Entre vindas e idas,miragem
De teus sapatos de viagem
Ouvi sussurros de palavras mudas.

Quero azuis nas cores que dançam
Nas brisas que beijam e balançam
Esmeralda como cor da grama
Num brilho que flutua plano.

VanyCampos
31/01/2015

Passos




Brisa de verão num final de tarde
Amoroso vento sopra sem alarde
Tudo se move...Andanças velozes
Enquanto na rua caladas vozes.

Traços indeléveis da verdade
Para teus olhos sempre é dia
Parece que o ar é maresia
E o tempo se perde na idade.

A vida guarda o ópio dolente
Numa sonolenta primavera
Flutua no tempo indiferente
Ao silencioso passo das eras.

Vany Campos
26/01/2015

Ilusão ?


Consomes meu canto meus sonhos
Todo mistério se insinua
Intempéries madrugam em mim
Vento branco falou ´´sim``.

Orvalhadas de distâncias
As folhas ficam ao relento
Caem torres de diamante
Nada está onde outras estão.

Vou só, levo apenas o coração
Seguro em minhas mãos
A caminho dum horizonte
Onde deixei minha ilusão.

Vany Campos
22/01/2015