terça-feira, 23 de setembro de 2014
Primavera
Deixa a primavera
Acariciar a tua pele
Deixa-a tomar conta
De teu corpo e tua alma
E perfumar teus sentidos
Colorir teus sonhos e desejos
Com tons originais
Deixa teu coração palpitar
No ritmo universal
(da vida)
Vany Campos
23/09/2009
[Tela Pino Daeni]
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Sonhos Guardados
Alguém vem vindo no escuro
Do centro do mundo
Já não cabe, mesmo assim se guarda
Se empurrar, dobra e faz caber
Por que ali dormem saberes
De segredos enormes profundos
historia viva do mundo
Antigo com apenas segundos
Vem de mãos estendidas
Em tecido desfeito pelo tempo
É delicadeza forte e violenta
Como violetas A SONHAR
Vany Campos
22/09/2014
[Tela by Arthur Hopkins]
Jardins de Promessas
Existem dias cinzas
Também agradáveis claros
Sob lindo céu azul
Parecem pintados de anil
São jardins de promessas
Alegres manhãs serenas
Adormeço na utopia
De lençóis de silêncios
Voamos nas asas das pombas
Na sépia dos sentimentos
Sem pressa de ir embora
Costuramos lençóis de auroras!
Vany Campos
21/09/2014
Sem preconceito
Os endereços da vida sem preconceito
Na ânsia de voltarem um dia
Podem ocorrer em qualquer lugar
Há desejos morando por aí.
Tem que ser um querer sem fim
Tudo deve valer para todos
Mesmo os que ainda não afloraram
Que a mágoa nunca os perturbe.
Há tanto entre o ir e o vir
Da criança ao mais adulto
Porque os bem-te-vis cantam
Sem perguntar jamais a quem.
Vany Campos
20-9-2014
Destemperos
A vida anda ventando
Alguém surge como encantamento
Entre promessas e abraços
Surgem afagos convites aparecem.
Café preto com pão e doces
Alimentos puros do momento
Na cultura da alimentação
Teu beijo é meu leve alimento.
Há destempero pelas ruas
Rumos e estradas distantes
Caminhos que talvez se cruzem
Nessa viagem que chamamos vida.
Vany Campos
20-9-2014
LEMBRANÇAS
Hei de guardar minhas lembranças
Seladas dentro do coração
São tantas não cabem inteiras
Na palma inteira da mão.
Quisera o brilho desta longa noite
Nas asas da grande saudade
Ouvir liras anjos sinos
Músicas de toda a eternidade.
Aqui fico em pleno luar
Espiando o namoro das estrelas
Feito dama moça faceira
Em flerte com as noites vermelhas.
Vany Campos
2009
Seladas dentro do coração
São tantas não cabem inteiras
Na palma inteira da mão.
Quisera o brilho desta longa noite
Nas asas da grande saudade
Ouvir liras anjos sinos
Músicas de toda a eternidade.
Aqui fico em pleno luar
Espiando o namoro das estrelas
Feito dama moça faceira
Em flerte com as noites vermelhas.
Vany Campos
2009
SONHO VAGO
O tempo também é um sonho
Que nossa ilusão afaga
As marés da vida levam embora
Para além de todos vaga
Grata aos mistérios do início
Somos onda sol e procura
Na noite trevas e sacrifícios
Numa psicose de loucura
Sonho que sou um barco
Há um anjo que me segura
Além das flechas de meu arco
Sob um céu ermo de ternura.
Vany Campos.
[Arte: Donald Zoltan]
Canção Oculta
Esquecer em cada poente
O dia anterior ausente
Suspiros às flores da infância
Para buscar cálidas lembranças.
Conservar doces palavras
Atingir com textos ocultos
Em defesa definidas
Nascem acordes e dormidos.
A vida é uma canção oculta
Que só o vento escuta
E a leva para o mar
Para nas ondas se espalhar.
VanyCampos
05/09/2014
[Arte: Donald Zoltan]
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Luzes da Ribalta
Somos como um tempo desfolhado
Num horizonte proibido
Quero meu paraíso devolvido
Sonhos idos onde nunca estive
Quero ver o mar amanhecendo
E as garças nas águas deleitando
Quero caminhos a minha frente
Entre outrora remanentes
Tento o sonho, talvez ousado
Onde rondam arcos de música
Pálpebras de antigos sonhos
Adormecidas nas luzes da ribalta
Vany Campos
15/09/2014
[Fotografia do filme de Charles Chaplin -(Limelight)]
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
ENTRE PARÊNTESES
Entre um parêntese agradável
Que grava lapsos de lembranças
Esperam uma brisa fresca para
Firmar nosso apreço
Entre vendavais insensíveis
Enfrenta crises do tempo
Tudo se dissipa voláteis insensíveis
Voando nas asas do vento
Vacilam atitudes á tarde
Em meu ser tudo se derrama
Azul delicado como o carinho
Me lembra que, ainda sonho!
Vany Campos
14/09/2014
[Arte de Kinuko Craft]
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Vestida de Abril
[Arte; Dorina Costras] Como viveremos sem regalos
Para não perder nossos tempos
Afagamo-nos com zelo
Ao sabor de nossos risos.
Um dia pensamos termos nos perdido
Na estesia de vários medos
Como é o som digital dos coloridos
É um eco que será ouvido ?
Fala-me de teus valores mais gentis
Se fecho os olhos vejo por instantes
Sob este céu de anis sutil
Vejo-te vestida de abril.
Vany Campos
Junho 2014
[Arte: Dorina Costras]
Promessas
Somos mistérios de desejos em fuga
Navegamos entre critérios e ideias
Propostas de fatos evolutivos
Querendo atingir os horizontes.
Resurgimos em outros tempos
Em vales e prados que verdejam
São mistérios que não falam
Apenas se mostram e apontam a paz.
VanyCampos
Navegamos entre critérios e ideias
Propostas de fatos evolutivos
Querendo atingir os horizontes.
Resurgimos em outros tempos
Em vales e prados que verdejam
São mistérios que não falam
Apenas se mostram e apontam a paz.
VanyCampos
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Memória Antiga
A casa onde nasci virou criança
Do tempo das bonecas de trança
Eu lembro tanto do quintal
É o mais lindo que há.
Passa de vagar memória antiga
E a noite transparente e distraída
Com aroma de rosas densa e breve
Passa o tempo por mim,mais leve.
Avanço o paço,devagar,é labirinto?
Sem me perder no que acredito
Ser meu amor,mais antigo
Onde ainda em lembranças ainda brinco..
VanyCampos
08/09/2014
[Tela de Arthur John Elsley]
PROCURO PASSAGENS
Neves do tempo acordadas
Véus de noivas e de anjos
Tramados e bem tecidos
Por renúncias devolvidas.
Procuro passagens a esmo
Que sejam para mim ainda que só
Onde haja sempre um sorriso
Primaveras beijando a brisa.
Os fatos estão se unindo
Procurando a realidade
De teu ser para o universo
Seja um povoar-se de estrelas.
Vany Campos
domingo, 7 de setembro de 2014
Reflexo
Percorro o espaço no sopro do vento
Circulo na seiva das plantas
Desci num vácuo silencioso
Penso e ardo, com pena de mim.
Voei nas asas das pombas
Mansidão que se supera
Ébria de ventura do tempo
Atirei-me nos braços da vida
Ouvi a voz milenar das montanhas
Entendi almas imprecisas
Enfim todos somos irmãos
Ouçamos “lá traviata” a quatro mãos
VANY CAMPOS
(31/08/2014)
Canção Oculta
Esquecer em cada poente
O dia anterior ausente
Suspiros às flores da infância
Para buscar cálidas lembranças.
Conservar doces palavras
Atingir com textos ocultos
Em defesa definidas
Nascem acordes e dormidos.
A vida é uma canção oculta
Que só o vento escuta
E a leva para o mar
Para nas ondas se espalhar.
VanyCampos
05/09/2014
SUTILEZAS
Viemos pelo além das madrugadas
Num envelope fechado
Com lembranças doutros dias
Entre tantas estesia.
Onde vive teu silêncio
Na brisa solta no vento?
Onde estão as canções antigas?
Talvez no choro dos rios.
Se um sonho viaja pelo infinito
Em folhas soltas ao vento
As sutilezas dos silêncios
Moram em meu pensamento.
Vany Campos
(22/07/2014)
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
DIVERGENCIA
O sol acordou amanheceu
Pássaros gorjearam, alvoreceu
Um verde sonho ficou em mim
Em ondas de sons breves
A madrugada encoberta
Versos atravessam minha mente
Se espalham pelo sem fim
Por tantas janelas abertas
Há vários trovões feridos
Na noite de meus dedos
Querência tantas esquecidas
Vou avivar o tempo... COM JEITO!
Vany Campos
Pássaros gorjearam, alvoreceu
Um verde sonho ficou em mim
Em ondas de sons breves
A madrugada encoberta
Versos atravessam minha mente
Se espalham pelo sem fim
Por tantas janelas abertas
Há vários trovões feridos
Na noite de meus dedos
Querência tantas esquecidas
Vou avivar o tempo... COM JEITO!
Vany Campos
CICLOS
Numa estrada de emoções
Canto tantas canções
Que já havia esquecido
Talvez menos preteridas.
Setembro, estava te esperando
De braços abertos aos céus
Numa estrela original
Sem ser pecado capital.
Agora é teu princípio
Quero viver teu meio
E teu agradável fim
Vem, abana para mim.
VanyCampos
04/09/2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
EFLÚVIOS
Solto minhas emoções
na alma de meus versos
que pelos versos cantam
a essência da graça que procuro
Todo esse eflúvio por ondas passa
no éter de áureas correntezas
as avencas jogadas pelo chão
são o tédio de minhas quimeras
Cristais diluídos em clarões
entre desejos ânsias e alentos
fundas abertas escorrendo em rios
nas cascatas essencial para
a tua sede.
VANY CAMPOS
13/08/2008
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Devaneios
Fui visitar minha vila,
o altar onde nasci.
Em seus vales ainda mora a minha saudade.
É uma grandeza em silêncio,
onde ainda ouço o som das gotas da ilusão.
Senti no palpitar de sua alma, emoção e afeto.
A vida tem caminhos largos e iluminados
que se escondem na disciplina das eras.
Em insondável dimensão ouvi os ecos do tempo,
os murmúrios do passado... seu magnetismo me assombrou.
Vi minha vila firme, sacudindo a poeira do tempo.
O passado não envelheceu.
Vany Campos
TRAÇOS INVERTIDOS
Vês os meus traços invertidos
Não sabes que eu vivo de ilusão ?
Nada mais me resta,
A vida não é festa
Sobra-me andar contra a mão
O tempo não tem razão
Quando manda o coração
A própria razão desconhece.
Não namoro a vida
Estou perdida no tempo
Que voa na minha frente
A ilusão como atalho
Para um amor solitário
Que mora no meu pensamento
É lirismo em andamento
Ouve as canções
Que cantam em meu coração
Para ti.
Estou na última curva
De meu pensamento
Que darei em silêncio
Meu sonho é o último gemido
Como um grito que não será ouvido !!!
Vany Campos
MALMEQUER ESQUECIDO
Nas auroras azuis
de meu pensamento
Visto-me de infinitos
No gotejar do silêncio
Solto meu pensamento
Vôo no meu corcel alado
Num ardor inusitado
Penso em ti...
Quero-te ao meu lado
Num ardor ousado.
Desfaz diferenças
que de longe vejo
Por distâncias imprecisas.
E Eu teimo...
É o sonho que afago
Nas manhãs ensolaradas
Na liberdade de meu pensamento
Que não arrefece nem obedece
Arranca-me deste solo de angústia
Não permiti que eu seja
Um malmequer esquecido
Lê cada folha de mim
Para que eu seja
Uma flor no teu jardim.
Vany Campos
AMPLIDÃO
Lembro como eras no último outono
Teus olhos tinham o brilho dum cristal
As folhas caíam na cama de teu sono
Fogueira de espanto que em minha alma ardia.
Sinto o silêncio da melancolia
Ao raiar de cada dia
Quero navegar na poesia
E nas lágrimas de meu pranto.
O meu amanhã começa agora
Nos braços da aurora...
Meu desejo não é fantasia.
Vou buscar a verdade dos dias
Que a amplidão irradia...
Teus olhos tinham o brilho dum cristal
As folhas caíam na cama de teu sono
Fogueira de espanto que em minha alma ardia.
Sinto o silêncio da melancolia
Ao raiar de cada dia
Quero navegar na poesia
E nas lágrimas de meu pranto.
O meu amanhã começa agora
Nos braços da aurora...
Meu desejo não é fantasia.
Vou buscar a verdade dos dias
Que a amplidão irradia...
Vany Campos
A Cultura Do Silêncio
Os jovens se tornarão poetas
e as estrelas sua inspiração
todo poeta é um construtor
de obras feitas de amor.
Uma flor lírica se esconde
dentro do não sei onde
flor que mora em meu silêncio
e tem a raiz lá .
Vany Campos
Anatomia das estrelas !
"Ora,direis ouvir estrelas..."
( Olavo Bilac )
Só entendo as coisas simples
que aprendi nos meus silêncios,
"Os pássaros e seus cantos,
Seus vôos, e o lugar para onde vão
no outono, e o dia em
que voltam na primavera ".
Ouço a música das cascatas
E decifro o canto dos pássaros
que no outono falam de ausências,
Na primavera falam de encontros.
Entendo também as estrelas.
Sei ler as mensagens que escrevem
Com sua lenta caligrafia de luz.
Sei porque algumas são azuis
E outras das cores do arco-íris,
E lhes agrada brincar de roda,
Formando constelações de música.
Sei ainda que há no coração
Do universo uma estrada,
Perto da via - láctea
Por onde passeiam,
Namorado a caminho do paraíso.
Vany Campos
[Arte: Justyna Kopania]
CONVERSA COM O SILÊNCIO
O silêncio sussurra sua voz
Ante a multidão de vestígios
Que vai passando (in)consciente
Em busca de amantes.
Por onde quer que se ande
Imagens atravessam os sons
São sorrisos e faces disfarçadas
Brilho de saudade permanente.
Há também deleite do passado
Guardando-se do dia longo
Ruidoso que contou a história
De sobrevida desta memória.
Nos lastimamos em olhares
Do tempo insistente de hoje
Das eras de recordações vivas
Subjetivas de emoção e ardor.
O compasso do tempo marca
O sopro das estações que chegam
Nas palavras nos cabelos soltos
Nas alvoradas de outrora.
Vany Campos
In Poemas à Flor da Pele
Pag 156
In Poemas à Flor da Pele
Pag 156
Sonhar
O vento sopra lá fora
Sou mais sozinha, agora
Ouço um som abstrato e fundo
Um quase vago segundo
Num voo de fantasia vou abrir
Minha paz e alegria a sorrir
Imagino que um lago e mar
À vida se tece em qualquer lugar
Sonhar e alçar voo, que se faz
Amarra setembro em teus braços
Danço nas teclas de um piano
Busco um porto de afeto e paz.
Vany Campos
11/08/2014
Ritos
Adormeci na alma das coisas
Voei no espaço com sopro do vento
Mergulhei nas águas dos rios tristes
Divaguei na nudez das montanhas.
Suguei a seiva das plantas
Tenho a alma do bem
Ébria de alegrias e ventura
Recolhi sabores com odores de nada.
Fiz versos para avivar a memória
Criei ritos entre línguas cansadas
Fiz o vento embalar árvores despidas
Sorrio com os lábios dos FELIZES.
Vany Campos
Lembranças
Na penumbra do passado
Há fatos acordados
Cada vez mais longe
Na saudade se esconde.
Há ternura em minha alma
Por idos que espalma...
Tantas tormentas vencidas
Dentro da própria vida.
Gira na minha lembrança
Uma onda que dança
De ontem à hoje é quanto
Na seara da vida é tanto...
Vany Campos
15/08/2010
Arquitetura do cotidiano
Nuvens são arquiteturas imprevisíveis
Um sopro de bem querer que se conquista
Engenharia de labor e fé de cada dia
São construções que se agitam e desbravam.
No cotidiano de cada um entre todos
Pelo menos em algum momento
Essa miragem fica no pensamento
A tensa força e afirmação vividas.
Carregamos nossos fardos em silêncio
Na malha do que somos nada mais
Pés descalços brancos nus
Seguindo pela vida dos anseios.
Às vezes paramos ficamos em estanque
Queremos sapatos para nossos pés
Isto é coisa proibida certamente
Na teima de nossos cotidianos.
Vany Campos
Coroa de Rosas
Coroem-me de rosas
Entre folhas breves
Que se desfolhem
E desapareçam
Antes que eu veja
Sua peleja pela vida
Ao anoitecer
Molhadas de estrelas
Que descem do céu
Para entretê-las
Não quero um lírio
Agonizando de frio
Prefiro rosas que perfumem
Meu jardim,
Rosas de folhas breves
Que se desfolhem diante de mim
E exalem seu perfume
Mesmo entre jasmins.
Vany Campos
19/08/2008
Ser Poeta
Ser poeta é voar na ilusão
Aproximar distâncias com paixão
Como um rio sem correnteza
Ver a simplicidade na beleza.
O encanto existe com ensejo
Nos lábios mistérios do último beijo
Onde o som da palavra se oculta
No vento que tudo escuta.
Ser poeta é costurar alegrias
Tecer quimeras e utopias
Ao amanhecer das horas
O vento acaricia a aurora.
VanyCampos
25/04/2014
Dos Silêncios
As vozes da multidão soam
Sussurram silêncios longos
Lembranças de um passado
Por onde se andasse alado.
Imagens atravessam as paredes
Sorrisos disfarçados escondidos
Deleitando saudade no relógio
Na sobrevida das memórias.
O pensamento lastima-se
Nos hiatos da hora insistem
Nas lembranças das eras
Recordações de emoções passadas.
Acordam as manhãs do tempo
Dormidas nos corações dos homens
Onde existe um sopro de primavera
Que afaga os cabelos da aurora
Vany Campos
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