Nuvens são arquiteturas imprevisíveis
Um sopro de bem querer que se conquista
Engenharia de labor e fé de cada dia
São construções que se agitam e desbravam.
No cotidiano de cada um entre todos
Pelo menos em algum momento
Essa miragem fica no pensamento
A tensa força e afirmação vividas.
Carregamos nossos fardos em silêncio
Na malha do que somos nada mais
Pés descalços brancos nus
Seguindo pela vida dos anseios.
Às vezes paramos ficamos em estanque
Queremos sapatos para nossos pés
Isto é coisa proibida certamente
Na teima de nossos cotidianos.
Vany Campos
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